terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Futebol de Rua


Compartilho com vocês, caros e parcos, um belo texto, na falta de produzir um próprio esses últimos dias. 

Em tempo: Veríssimo é um bobalhão político, mas em suas crônicas ainda há algo que me emociona


Luís Fernando Veríssimo

Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. (I) Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. (II) Se você é homem, brasileiro e criado em cidade, sabe do que eu estou falando. (III) Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos
assim:

DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. (...)

DAS GOLEIRAS – As goleiras podem ser feitas com, literalmente, o que estiver à mão. Tijolos,paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor, e até o seu irmão menor, apesar dos seus protestos. (IV) Quando o jogo é importante, recomenda-se o uso de latas de lixo. Cheias, para aguentarem o impacto. (...)

DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, calçada, rua e a calçada do outro lado e – nos clássicos – o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no meio da rua.

DA DURAÇÃO DO JOGO – (V) Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

DO JUIZ – Não tem juiz.(...)

DAS SUBSTITUIÇÕES – Só são permitidas substituições:

a) No caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer a lição.
b) Em caso de atropelamento.

DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você deve estar brincando.

DA TÁTICA – Joga-se o futebol de rua mais ou menos como o Futebol de Verdade (que é como, na rua, com reverência, chamam a pelada), mas com algumas importantes variações. O goleiro só é intocável dentro da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. É permitido entrar na área adversária tabelando com uma Kombi. Se a bola dobrar a esquina é córner*.

DAS PENALIDADES – A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar um adversário dentro do bueiro. É considerada atitude antiesportiva e punida com tiro indireto.

DA JUSTIÇA ESPORTIVA – Os casos de litígio serão resolvidos no tapa.

*córner = escanteio

(Publicado em Para Gostar de Ler. v.7. SP: Ática, 1981)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sem sentir saudades de nada nem ninguém


Sentem saudades? Eu não...Que ser esytranho, né?

A bem da verdade, sempre fui bem “tô nem aí” com essas pieguices. Sempre respondi, quando indagado se estava com saudade do papai, da titia ou de quem fosse um “sim”, que permitia a todos perceberem minha indiferença. Mesmo quando era bom reencontrar alguém que não via há tempos, pra mim isso era apenas a alegria do reencontro, e não a ocasião para mentir dizendo que sentia saudades...Ora...Se eu não pensava na pessoa, se eu não ficava idealizando o dia em que a reencontraria, se eu não me esforçava para ir vê-la, é claro que não. Acontece que somos todos adestrados para sermos e parecermos gentis.

Nostalgia sim. Vá lá que eu esteja usando o sentido da palavra fora do que prega o dicionário...não sei bem. Há lugares e situações que eu daria um dedo (quem sabe dois) para estar, mas não para reviver. Estive há pouco tempo em Sobral-CE, onde passei bons momentos na adolescência. Ao longo dessa mais de uma década, confesso que pouco pensei nas pessoas amigas que lá deixei. Confesso, portanto, que não senti saudades. O que não quer dizer e não diz que eu não as quisesse ver...Eu apenas não me martirizava nem agia planejando voltar apenas para vê-las. Não sou assim...tão insensível, vejam vocês.

Relembrar, sim. Querer reviver, jamais...Sentar e começar a contas casos que aconteceram naquela época. Isso sim me agrada muito. O tempo não volta atrás. De modo que eu estou realmente muito feliz de ter podido voltar a Sobral e deixar bem claro, até pra mim mesmo, quantas coisas boas eu vivi, quantas pessoas queridas passaram por minha vida, e sobretudo que eu não as apago da memória. Amo-as

Ainda assim, tenho que dizer que não quero reviver, pois não quero regredir, e sim avançar. Tenho que confessar que não é saudade...Eu não a conheci, sua danada!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Se não tiver remédio, remediado está


Se ao longo do tempo eu não consegui dizer o quanto te quis, perdoa-me, é que sou tímido demais para demonstrar o que sinto.

Se, ao mesmo tempo, não soube corresponder a tuas expectativas, releva isso também. É que sou ingênuo demais para perceber o que se espera de mim.

Se, por ventura, alguma vez fiz com que choraste, peço-te desculpas sinceras. É que sou um tanto estabanado no trato com os outros.

Se eu não soube, ou até mesmo não quis te procurar quando minha necessidade era apenas de um conforto...de um colo... não me leves a mal. É que o tempo e a vida fizeram de mim gélido demais para essas pieguices.

E se, com tudo isso, ainda conseguires olhar-me com olhos de ternura, tocar-me com mãos de carinho e ouvir-me com ouvidos de conforto, aí, minha querida, já não há mais pelo que perdoar-me... 

Agradece-me apenas, pois somos de uma paixão recíproca e inexaurível. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A magia do doce lar


Não há nada que eu queria mais, aos 16 anos de idade, do que sair de casa. Ganhar o mundo. Estudar, trabalhar, chegar a hora que quiser, jogar a roupa pela casa, dormir até meio-dia, comer besteira sem ouvir reclamações... Acho que posso arriscar e dizer que falo por muitos outros mundo afora. O sonho da independência bate cedo na porta e nos faz muitas vezes jogar pro alto toda uma série de comodidade que só muito tardiamente vamos nos dar conta.   

Essa presa que temos de crescer e ganhar asas só cessa, amigos, quando alcançamos esse objetivo, óbvio. E a partir desse dia, não é que nos arrependamos. Não mesmo. Mas a partir desse dia teremos tanto prazer em voltar pra casa e nos sentir de novo protegidos e de novo especiais e únicos, que iremos querer repetir isso o máximo de vezes possíveis.



Hoje, tendo vivido já quase metade do tempo reservado pra mim por aqui, não há nada que me agrade tanto quanto voltar pra casa. Ter o aconchego de casa, o colo da mãe, a comida que engorda e traz lembranças de um tempo que não volta mais. Olhar o álbum de fotos da alfabetização, achar o dente de leite guardado, numa caixinha, pela mãe. Fala sério... Tem "morar sozinho" que pague isso?


Não há liberdade de morar sozinho que supere o prazer de um café da manha preparado pela mãe enquanto ainda dormimos, ou uma roupa amaciada com “Fofo”. Tolo de quem, podendo postergar, abdica dessa joia rara de modo antecipado. Tenho a sorte de toda semana voltar pra casa. É magia pura. 

sábado, 29 de outubro de 2011

O câncer que incomoda não tá na garganta. Tá no caráter

Detectada a doença de Lula, o assunto começou a repercutir em todos os meios. Um amigo a quem muito ouço indagou-me se tal fato me trazia felicidade. A pergunta se repetiu mais algumas vezes. Este texto, que deve ficar longo, nasceu da necessidade de compartilhar o que realmente penso da situação.

Vem-me à memória a morte de ACM, no ano de 2007. Estava eu em Curitiba, em um congresso de jovens, quase todos esquerdistas maconheiros. Celebraram. Brindaram a morte de ACM. E não sei bem por que razão um esquerdista pode fazer isso, e um direitista não pode proceder igual com relação a Lula. “Ah, W Rafaell, mas Lula foi um excelente presidente, e ACM representava o que de mais retrógrado existia na política”.  Muita idiossincrasia em voga. Lula representa para mim algo tão nefasto como o que ACM representa para outros. E aí, em que pé ficamos? A esquerda pode desejar a morte de ACM e ser progressista, mas a direita não pode desejar a morte de Lula sem ser reacionária? Vão à merda os que pensam assim. “Arrá! Você está procurando argumentos para justificar o desejo pela morte de Lula”, pensa que matou a xarada o bípede petista. Matou nada...Mostrei apenas que, caso haja algum, e deve haver, ser humano desejoso da morte de Lula, ele não pode ser acusado por um esquerdopata de nada, por recíproco que estaria sendo.

Não tenho necessidade nenhuma de ser politicamente correto. Detesto isso, na verdade. De sorte que me dá indiferença se ele vive ou morre. Não compartilho de seu convívio e não tenho com ele ou seus próximos quaisquer relações de afinidade. Dizer que sentiria seu desaparecimento só para fazer as vezes de “bacana” não é meu estilo.

Dias atrás coloquei lenha na fogueira com um bocado de gente ao afirmar que quem deveria morrer era a Joelma da banda Calypso, e não o Steve Jobs. Levei cacetada de todos os lados, embora alguns parcos e caros tenham ainda concordado comigo. Reitero aqui que me referi não à pessoa física, e sim ao que representa a, digamos, “instituição” Joelma, com todos seus trejeitos, letras vazias, acordes (e cavalos) mancos e postura vulgar. Isso sim, a meu modo, deveria morrer. Mas voltemos ao ponto. Falei de Joelma para, por fim chegar ao Lula...

Lula representa na política o que Joelma representa na música. Lula é tudo, a meu ver, que deve sumir. Desaparecer. Morrer. Outra vez, no entanto, falo da figura institucionalizada, e não da física. Falo do apedeuta, e não da língua presa. Do ignorante, e não da mão cotó. Lula, a pessoa, que viva 1 dia, 1 mês, 1 ano, 1 década ou 1 milênio...A mim isso pouco diz. Pouco afeta.

O que tem que desaparecer é o “lulismo”. É a prática, os costumes, os modos e os métodos que caracterizam o modo “Lula” de fazer política. O lulismo está arraigado na sociedade brasileira. E isso nos faz mal. Muito mal. Mas não sumiria simplesmente com o desaparecimento físico do seu líder. Marx. Smith. Guevara. Jesus Cristos. Eis aí exemplos de pessoas que, desencarnadas, não tiveram suas “instituições” esquecidas, nem seu modus operandi extinto.

De modo que chega a ser contraproducente para quem faz política de oposição desejar a morte de Lula. Ele é sim embusteiro, enganador, farsante. Seu legado não iria (na verdade, não irá, posto que demore) para a mesma sepultura que ele.

Lula que viva...Que vá se tratar em Cuba, a melhor medicina do mundo (não é verdade, admiradores de Fidel?). Ele em si não me é motivo de preocupação. O câncer de Lula que me afeta não é o de sua laringe, e sim o de seu caráter. O seu legado moral e ético para a política nacional, sim. É isso que deve ir para a sepultura o mais cedo possível.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ser humano para poder errar


Definitivamente, eu não nasci para viver perto de gente medíocre. “Ah, mas a mediocridade é um conceito muito relativo, W Rafa”. Exato. Mas posso falar apenas do conceito tido por mim, e não por outros. E afirmo peremptoriamente (quem disse que eu nunca acharia uma situação para essa palavra?) que não nasci para viver perto delas.

Vejo no dicionário que sinônimos de medíocres são “meão”, “sofrível” e “insignificante”. Meão deve ser do espanhol e quer dizer mijão. Aquele que não honra o nome que seu pai lhe deu, suas calças...

Eu poderia dizer, a fim de ser mais alegante, que não tenho nada contra pessoas assim, e que apenas prefiro evitar o convívio, mas eu estaria mentindo, e não costumo fazer isso sem tirar alguma vantagem própria. Eu tenho sim muita coisa contra pessoas medíocres e gostaria muito que todas me privassem de suas existências.

Preciso estar cercado de pessoas altivas para me sentir em casa. É...Não acho que a arrogância seja tão assim...um defeito. É antes de tudo uma demonstração de credulidade em você mesmo, de grandeza interior. Claro...cuidar para que isso não domine o seu “eu”, e se torne sua principal característica notada pelos que se chegam.

Outro dia pedi para uma garota colocar o cinto de segurança...Olhando de rabo de olho, disse que não era preciso, pois ali não há blitz. PUTA QUE PARIU! (Desce do carro, vadia!), pensei eu, sem coragem para externar... A porra do cinto de segurança nos protege de acidentes e não de Blitz.

Tá dado o recado. E espero que os medíocres de plantão errem sua mira em minha direção. A vida é grande demais e ao mesmo tempo pequena demais, amigos... Os nossos defeitos são perdoáveis porque somos nós mesmos quem os carregamos. Muitas vezes, o defeito alheio é menor que o nosso, e ainda assim nos incomoda imensamente. É um erro de avaliação? Que seja...Erramos todos. Somos humanos todos. Ainda que alguns sejam humanos apenas para terem como justificar seus erros.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Um pouco da minha confusão mental para meus amigos


Faz hoje uma semana que não escrevia nada por aqui. Sei lá por que demônios, mas bateu uma necessidade de escrever algo, só que não havia assunto nenhum premeditado. Sento-me frente ao computador, fecho a porta da sala e arrisco (afinal, a vida é feita de riscos): vamos ver que monstro sairá desses dedos nervosos. É que escrever já se tornou um hábito, uma condição sine qua non do meu “eu lírico”. E olhem que nem dessa história de “eu lírico” eu gosto. Sempre achei uma chatice estudar o que os outros escrevem em função emotiva. Será que não bastaria ler em vez de ter de nomenclaturar, caçar escolas literárias nas quais os encaixemos, etc, etc e etc?

Sempre foi gostoso ler Júlio Verne. Mais ainda Machado de Assis e sua Capitu. A necessidade de dar um veredicto, tal qual um juiz, sobre se ela traiu ou não, sempre foi motivo para aborrecimentos. Que interessa se ela traiu ou não, diante do vasto mar de características psicológicas amiúdes com que Machado nos brinda em suas personagens nessa obra? E mais: Que me importa se Machado escreveu isso inspirado em escolas francesas, misturando realismo com sei lá qual outra escola... Piegas demais! A literatura, amigos, lê-se, não se explica. Alguém já falou isso sobre sentimentos como amizade e amor. Apenas sentimos, não precisamos explicá-los. Eu mais que concordo.

A técnica da escrita é muito interessante, hein? Você senta e diz pra si mesmo: “vou escrever algo. Não sei sobre o que, mas vou”. As letras vão saindo dos dedos e se atirando na tela. Algumas vezes, encaixam-se de modo a produzir sentido, daí vem alguém e te dá parabéns. Algumas outras, ficam assim, meio destrambelhadas, dizendo nada com nada, e alguém vem e pergunta “que porra foi aquilo que tu cuspiu no blog?”.

Talvez as letras possam ser uma metáfora para as ações nossas no decorrer da vida. Umas se encaixam certinho na situação encarada, e recebemos o devido feedback; Já outras, parecem mais terem sido obra de um diabinho soprando no nosso ouvido, das quais nos arrependemos amargamente.

Abro um parêntesis: (O quê? Você não se arrepende daquilo que faz? Só se arrepende daquilo que não faz? Conta outra, chapeuzinho... Ninguém é tão autoconfiante assim. Não há um só dia em que a insegurança não transborde no meu modus rafaellum operandi. Fecho um parêntesis.)

É...boa metáfora. As letras estão para a literatura assim como as ações que realizamos estão para a nossa vida. Resta saber fazer desta, como também daquela, algo de sentido, produtivo, útil, bonita e cheia de poesia.  E se à literatura cabe apenas ser lida, e não explicada, fiquemos pois à vontade para metaforizar mais uma vez e aplicarmos esse mesmo princípio a nossas vidas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quem gosta de tabaco é o que? Tabacudo, né?


Uma das coisas que mais me causa irritação (e não falo da física, e sim da psíquica) são pessoas fumantes. Nunca entendi por que demônios alguém gosta de engolir fumaça. E nem me interessaria pelo tema nem me preocuparia com ele se não fosse o fato de algumas delas abundarem fumaça e escassearem bom senso.

A maioria dos locais fechados é protegido por uma lei que proíbe o fumo nesses recintos. E não fui eu quem inventei isso, não. Foi Fernando Henrique Cardoso, no uso das atribuições conferidas a ele duas vezes no primeiro turno (#chupaessaLula)

Trecho da Lei 9.294 de 19996.
Art. 2° É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente

Ainda assim, não é difícil encontrar quem ache o máximo estar ali soltando catinga pelo nariz e pela boca. Vai fumar na casa da puta que pariu, cretino! Não vês que a seu lado há pessoas que talvez não curtam o teu cigarro? Fosse o Brasil um país de gente decente (o que eu, definitivamente, não creio), nem de uma lei tal precisaríamos. Bastaria contar com o bom senso dos fumantes. É uma lei que me parece básica para o convívio social.

Tive uma experiência péssima com isso na noite passada. Em Aracaju, convidado para um tributo a Tim Maia, acedi. Música boa, companhia agradável e todos os outros clichês necessários para uma noite agradável. Na parede da parte interna, um cartaz avisa aos porventura desavisados que ali não se pode fumar. Primeiro uma garota acende o seu cigarro bem a meu lado. Eu, claro, chato como sou, pedi que saísse do ambiente. Depois um garoto, e meu gesto se repetiu. Parecia que meu aferro triunfara.

Apenas parecia. De um instante pra outro, três, quatro, cinco, seis cigarros se acenderam. Aí minha valentia deu lugar à frouxidão e ao descrédito para com a raça humana, em especial a fumante brasileira, nordestina, sergipana e aracajuana. Segui o velho chavão de “os incomodados se mudem”

Como forma de protesto, já que denunciar a nenhum órgão renderia frutos, escrevo. É minha arma, meu refúgio e meu veículo.

Faz-se mister (necessário) reafirmar que não precisamos de leis e burocracia que rejam alguns ritos sociais. O caso do tabaco é um deles. Em locais fechados, e até em alguns abertos, como estádio de futebol, onde se aglomeram pessoas a sua volta, e muitas delas não fumam, é de suma importância abdicar de suas necessidades fumígeras em prol do bem-estar coletivo.

Não entendeu? Eu traduzo: Pega o cigarro e enfia no cu, caralho!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Divagando, resolvi esperar um pouco mais...Sem Deus



Hoje esperei cerca de 1h30m por um atendimento. Esse fato fez com que eu voltasse a repetir algo que pra mim sempre foi um mantra: “a pior coisa da vida é esperar”.

Comecei, uma vez mais, a divagar, e resolvi, tão simplesmente, mudar de opinião. Esperar não é nada mau. Claro que na correria do dia-a-dia, ninguém gosta de se meter numa fila de banco e levar um chá de cadeira de mais de 40minutos. No entanto, os momentos de espera, ao menos para mim é uma regra, transformam-se em momentos de reflexão.” Como foi o ontem”, “como está sendo o hoje”, “o que nos espera no amanhã”, ainda que este amanhã seja apenas uma forma conotativa de se referir a um futuro mais longínquo.


Nessa espera de hoje, pensei em como a vida (alguns escreveriam aqui “DEUS”) tem sido generosa e o futuro cheio de perspectivas boas. Em seguida, como um bom chato que sou, emendei com um “que vida tem sido boa, que nada...Sou eu que tenho me esforçado em busca do que almejo”.

Esse papo de jogar a responsabilidade dos acontecimentos, sejam bons ou ruins, para as contas do pobre Deus, comigo não cola. Penso que somos, via de regra e resguardadas as devidas exceções, que apenas confirmam a regra, responsáveis por aquilo que cativamos. Eita! Divaguei de novo. Isso aí é Pequeno Príncipe, assunto para outra divagação. Dizia eu que somos responsáveis por aquilo que nos tornamos. Muitas vezes recebemos da vida (ou do tal “Deus”) a indicação de que o futuro não será lá muito promissor: família desestruturada, amigos escassos, falta de emprego, desenvolvimento cognitivo baixo (a famosa “burrice”), etc, etc, etc. Se nos contentamos com o que nos parece traçado para a vida, meu amigo, estaremos fudidinhos da silva. O negócio é seguir pelejando e não entregar os pontos...Não dar créditos aos que nos dizem que “a vida é assim” ou então que “Deus traçou isso pra você”. As pessoas precisam, definitivamente, de um escape, de um bálsamo. É isso que Deus significa para a maioria da civilização judaico-cristã. E, por não precisar desse expediente, é que tenho, há uns 10 anos, declarado que sou um agnóstico-ateu. Um alguém que não se preocupa se Deus existe ou não, se nos permite ou não, se nos ajuda ou não. Pode ser que sim, pode que não...Apenas me abstenho dessa dialética para a qual os argumentos me faltam.

Isso se chama DIVAGAR, amigos. Comecei falando da espera por um atendimento e terminei na religiosidade. O intuito inicial era dizer apenas que, esperar pode ser bom, quando isso nos leva a refletir sobre que caminhos estamos traçando para nós mesmos. Que escolhas temos feito, que oportunidades temos agarrado, que merecimentos temos buscado...De modo que, “esperar” para ver o que a vida ou Deus nos têm reservado, não. Coisa de resignado à toa; “esperar” como situação de reflexão, e até mesmo de cálculo, vá lá...

Bom! Sei lá por que demônios, para mim, essas reflexões sempre aparecem em momentos de espera. Sendo assim, sem pressa para ser atendido. Quero muito ter ainda o que refletir! Outra rodada...

sábado, 24 de setembro de 2011

Sobre a amizade


O texto que segue não é inédito...Fi-lo (que horror, Jânio Quadros) em julho, no dia em que escobri ser o dia do amigo. Achei legal e compartilho aqui, já que se trata de divagar
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Como devem saber, sou bastante incrédulo em relação a diversos lugares-comuns. Deuses, atitudes politicamente corretas, caráter das pessoas... Talvez, por isso mesmo, também seja bastante avesso a datas. Natal, Ano Novo, Páscoa, Dia das Mães, aniversários...Nada disso tem para mim o significado que amiúde tem aos outros.

Soube nas últimas horas que hoje se celebra o dia do amigo. A incredulidade é a mesma, mas o envolvimento é diferente.

Eu verdadeiramente amo meus amigos ou aqueles de quem um dia fui amigo. Ao longo da nossa jornada aqui, amigos aparecem e desaparecem com uma velocidade espantosa. Amizades são solidificadas a passos de tartaruga, e às vezes destruídas a uma velocidade supersônica.

Costumo dizer que amigos são a família que nós mesmos escolhemos...são aqueles de quem, apesar de conhecermos todos os defeitos, gostamos. Bem como são aqueles que conhecem todos nossos defeitos e ainda assim nos acompanham.

O sábio Machado de Assis dizia que "Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz". O que não implica dizer que declarar sua amizade não faça bem. A experiência de fazê-lo mostra o quão bem nos sentimos quando agimos assim. Ser chamado de amigo soa ou não soa bem aos nossos ouvidos, sobretudo quando nos sentimos desprestigiados pelo mundo?

Outro grande sábio, de nome Confúcio e procedência chinesa, disse certa feita que ‎"Nunca foi um bom amigo quem por pouco quebrou a amizade." A bem da verdade, parece que os obstáculos surgem não para destruir a amizade, e sim para testá-la. O mesmo pensador disse outra vez que "Entre amigos as frequentes censuras afastam a amizade." Com um verdadeiro amigo, não se têm vergonha nem rubor ao falar sobre quaisquer temas ou confessar quaisquer deslizes. E se uma declaração inesperada ou uma atitude fora do script destroem-na, desconfiemos de que não se tratava de uma verdadeira amizade, e antes de lamentarmos o seu fim, deveríamos sentir-nos aliviados.

Completando a contribuição chinesa para essa reflexão, dizem que “difícil é ganhar um amigo em uma hora; fácil é ofendê-lo em um minuto." Completo dizendo que mais difícil ainda, algumas vezes, é pedir desculpas pela ofensa praticada.

Sabe aquele pessoa a quem você não vê há anos e mesmo assim, quando a reencontra, você sente como se a tivesse visto à noite anterior? É que, como declarou o gênio Einstein "Pode ser que um dia nos afastemos...Mas, se formos amigos de verdade, A amizade nos reaproxima."

"Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só." A frase de Amir Klink sintetiza bem o modo como nos sentimos quando estamos desacompanhados, mas nos sentimos confortados por uma presença ausente de um afago amigo.

Mário Quintana, poeta gaúcho, também abordou com sua sapiência a amizade e declarou que: "há 2 espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e ... os amigos, que são os nossos chatos prediletos."

Voltaire ficou conhecido por sua filosofia política. Um dos próceres do liberalismo afirmou em ensaio sobre a conduta humana "Deus me defende dos amigos, que dos inimigos me defendo eu." Um inimigo declarado é menos perigoso que um amigo falso, verdade? Daqueles, sabemos o que esperar; desses, pensamos saber, porém nos enganamos.

‎O ativista político negro americano Martin Luther King, ponderando sobre o fim de uma batalha, disse "No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos”. E qual não é nossa decepção quando esperamos um conforto amigo que não vem!

A quem tiver um verdadeiro amigo, deixo um...não conselho, que não sou tão pedante, mas uma sugestão pra lá de despretensiosa, apenas funcional: em vez de lhe dizer parabéns, diga-lhe obrigado.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ainda temos uma saída, apesar da dinastia Arraes Campos



A eleição de Ana Arraes foi uma das maiores demonstrações de que a política de Pernambuco está realmente em maus lençóis.

Eduardo Campos e o vice governador João Lyra deixaram seus afazeres em Pernambuco e levaram consigo uma porrada de paspalhos, todos pagos com nosso dinheiro, seus otários, para elegerem uma pessoa sem expressão nenhuma dentro do que reza a cartilha do TCU, com um único propósito: mostrar ao Brasil que Eduardo é forte e articulado. Próximo passo: barganhar uma vaga de vice-presidente, seja com Dilma ou Aécio.

Vários políticos do estado foram a Brasília no sistema ALL INCLUDED cabalar votos para a ex-dona-de-casa que virou ministra do TCU tendo uma única grande qualidade: ser mãe do zói azul.

O argumento principal? Que é bom para Pernambuco. Bom em que, cara de jegue? Em que ter uma pessoa sem expressão (ou mesmo com expressão...quero apenas ressaltar essa sua característica) naquela corte ajuda ao estado? Ela vai FISCALIZAR, e não REPASSAR os recursos e as obras federais. Pernambuco não ganhará um único vintém com essa presença na corte. Aliás, Zé Múcio e Zé Jorge já estão por lá. O que melhorou em sua vida, amigo de PE, com isso? CARALEO nenhum. Ao menos deveriam ter a grandeza de confessar que votaram nela por compromisso político com o partido do filho, o PSB.

Quem ganha com isso é o filho dela. É o partido do filho dela. E, claro, ganham os que fizeram acordos espúrios com Dudu Campos para votarem em sua mãe.

Da bancada de Pernambuco, “Donana” não teve o voto apenas de 3 deputados, a saber Mendonça Filho, Raul Henry e Luciana Santos. Até Augusto Coutinho fez o fa vor de me decepcionar e apontar a “pernambucanidade” como motivo decisivo para votar nela. Tem até gente leiga pensando que ela irá trazer obras para o estado... Não são pessoas burras. São pessoas que, levadas pelo ímpeto governista em eleger Ana, deram a entender a quem não acompanha política, que a função dela seria verdadeiramente proveitosa para PE

Irá, quem sabe, fiscalizar as obras do governo do filho, caso ele seja vice-presidente. Isenção deve ser sua nova alcunha, não é mesmo? Em que lugar do mundo, porra, um presidente ou vice têm a mãe como membro do órgão que os fiscaliza?

Poucos enxergam essa ação como nepotista. Na verdade, como falou Reinaldo Azevedo, é “matrista”.

A oligarquia Arraes Alencar unida à oligarquia Souza Leão Campos tem rendido bons frutos. OLIGARQUIA. Essa palavra que sempre se aplicou a coronéis de direita, em nosso estado se aplica hoje a coronel que se diz de esquerda, em que pesem os barris de petróleo, travestido de apreciador da democracia e de suas instâncias.

EU ME NEGO, Senhor Eduardo, a lhe reconhecer o título de imperador de PERNAMBUCO.

A única saída que nos resta, pelo visto, caros e parcos, é o AEROPORTO DOS GUARARAPES. E por favor, entendam a piada.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sobre ser gentil e ser feliz


Sou uma pessoa a quem não agradam muito as frases de efeito. Isso de "devagar se vai ao longe", "é caminhando que se faz o caminho", "Deus ajuda quem cedo madruga" nunca fizeram minha cabeça. Deve ser culpa daquela velha vontade de ser um não-lugar-comum. Mas sempre achei contraditório as pessoas hoje dizerem “água mole e pedra dura tanto bate até que fura” e em seguida emendarem com “quando um não quer, dois não brigam”.

Mas há frases que me tocam, sim, e me fazem, ainda que de forma imperceptível, ser seguidor delas. Duas dela me tocam tanto que viraram até status no msn (demonstração máxima de consideração no mundo moderno). Pedir ao pai em namoro? Roubar um flor no jardim dos outros? Nada...a prova máxima de amor é colocar NAMORANDO no status do Facebook...

"Gentileza gera gentileza" é uma delas. E logo eu, que dias atrás escrevi que não busco agradar ninguém, hem! Fato é que nessa vida, avançamos nas relações amistosas e profissionais através de pequenos gestos, alguns meticulosamente articulados e outros expontaneamente surgidos. Ser gentil e polido pode ser fruto de vários fatores, negativos, como a busca por receber uma vantagem, ou positivo, como a existência de um bom caráter. Dizem por aí que meu caso é o segundo. As vezes temo que quem diz isso esteja certo.

Outra frase a qual sigo piamente, e já nem me lembro o seu autor, mas buscarei e escreverei antes do final do texto, é “busquemos não a felicidade, e sim o aperfeiçoamento”. É uma verdade inconteste, ao menos em meu contexto. Que saco seria viver em uma felicidade plena, onde uma boa-nova nem sequer mereceria um pulo de alegria, ou uma cara de surpresa, por banal que seriam tais notícias. Que arretado é sentir que tudo está indo mal e, do nada, uma ótima notícia nos pegar desprevenidos e mostrar que nem tudo está perdido.

Aperfeiçoar-nos. Achei no google que a frase é de Anne Stoel. Seja homem ou mulher, eu o ouço. Eu a ouço. Seria bom poder dizer “lhe ouço”, já que não sei se é homem ou mulher, mas Pasquale enfartaria se me flagrasse espancando mais ainda a inculta e bela língua portuguesa. 

Aperfeiçoar é buscar melhorar como humano, profissional, amigo, parente. É aceitar a crítica e o contraditório como algo que no final nos ajuda mais que atrapalha. Aliás, nunca aprendi nada quando alguém me elogia. Por outro lado, quando sou criticado, aprendo algo. Seja a mudar minha postura ou a mandar quem me criticou plantar cará. Claro, para mim, quase sempre o erro não sai de mim, e sim dos outros.

Não quero ser feliz. Feliz plenamente, não. Quero viver. Quero errar e acertar. Quero melhorar como amigo e ajudar meus amigos a melhorarem comigo, mesmo quando eles me mandam tomar no cu por motivo banal (A.M.A.L. sabe do que falo). Melhorar como profissional e ir aperfeiçoando minhas práticas. Melhorar minha escrita (e parar de escrever com letras trocadas).

Felicidade? Digam a ela que passe outra hora! Digam a Ane Stoel que ela (ou ele?) passe e tomemos uma cerveja juntos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Enfia a maconha no rabo, maconheiro safado




O assunto dia em parte das redes sociais foi o ato, para uns, bravo; para outros, reacionário, do reitor da PUC-SP que suspendeu as atividades acadêmicas a fim de esvaziar mais um evento de maconheiros que teria lugar na instituição.

Meus amigos, a quem, no outro blog, chamo de caros e parcos, vejam bem, vejam bem e vejam bem:

Se parece inaceitável que a vontade da maioria se estabeleça sobre a das minorias, o que dizer de uma minoria que pretende dar a sua vontade ares de imposição social?

O reitor da PUC suspendeu as atividades por saber que a universidade não andaria, não teria um dia produtivo, tendo em vista a baderna que essa gentalha, reunida, provoca. E por que o fazem? Por fascistas que são. Ameaçam e impedem alunos de verem aulas, funcionários públicos de desempenharem suas atividades...

Essa gente posa (há pessoas que diriam “pousa”, né, grande Mino Carta? Né, Emir Sader?) de vítimas. Vítimas, ainda que fosse, têm direitos, mas não deveres? Felizmente, não. Têm, como quaisquer um, deveres também. (Entre eles, respeitar a Constituição Federal e os Códigos vigentes). E algum deles (minha ignorância no direito me empata de mencionar exatamente qual e onde) cita a proibição de se fazer apologia a substâncias consideradas ilegais. A maconha, ainda, é-lo (que ênclise terrível... seria melhor “o é”, mas Pasquale reclamaria comigo).

Então, vejam bem mais uma vez, os maconheiros, se não afetados fisiologicamente pela erva, com certeza afetados psiquicamente pelo esquerdismo, resolvem exigir seus direitos (qual seja o de reinvindicar, protestar, e blábláblá), mas negam-se a cumprir seus deveres. Vão à erva. Digo: à merda.

Universidade é, sim, claro, lugar de conviver com o diverso, de debater e outras cositas mais. Mas é, antes de tudo isso, lugar de estudar, seus putos. Deixem as pessoas que usam o campus da universidade para estudar, em vez de consumir erva proibida, consumirem folhas...de papel, e não de canabis. 

domingo, 11 de setembro de 2011

Não. Não sou um lugar-comum


Não. Não sou simpático, gentil, educado e bom filho.

Não desperto nos outros os sentimentos mais nobres. Não digo obrigado quando pago por um serviço. Não peço desculpas quando tropeçam em mim.

Não sou obediente nem carinhoso. Nem casto ou fiel. Amor nunca fiz, só sexo.

Não busco a felicidade, e sim o aperfeiçoamento. Acho que dinheiro traz (e muita) felicidade.

Não sou chauvinista nem patriota. Não acho o Brasil o lugar mais bonito do mundo, nem sua gente trabalhadora e alegre, e sim corrupta e passiva.

Acho que devagar se vai longe, mas demora demais, por isso ando com pressa.

Não sou cristão ou vou a missas aos domingos. Nem acho o Cristo Redentor uma maravilha do mundo moderno.

Não faço amizades, e sim deixo que elas me façam. Não dou esmola no sinal, nem apoio movimentos sindicais e sociais.

Não torço pelo Flamengo (eita, será que torço? será que já torci? Enfim...vale a metáfora de não seguir a massa), Sport ou seleção brasileira. Não acho o Jornal Nacional e a Veja máquinas de manipulação da sociedade.

Não. Definitivamente, não espero que o amanhã seja melhor que o hoje, e nem morro de medo de que a água seja o petróleo do futuro.

Não acredito no aquecimento global e nem na boa intenção do PT.

Não. Não gosto de verduras e também não acho que Coca-Cola e Mac Donalds fazem mal ao corpo.

Não gosto de ler Dan Brown, e adoro Paulo Coelho. Detesto Paulo Freire e a pedagogia progressista.

Não quero viver até os cem anos. Não quero ser milionário.

Não sou côncavo, sou convexo. Santo de casa faz milagres, sim.

E vivo...simplesmente vivo um dia depois de outro dia. E por vezes sou traído por meus próprios pensamentos, às vezes radicais, às vezes ortodoxos. Mas nunca, lugares-comuns.

sábado, 10 de setembro de 2011

Prudência, não. Medo mesmo

Amanhã parto eu, quase que de mala e cuia, para  mais uma nova etapa nesse caminho que chamam "vida".

O tesão tá grande, só não maior que o medo. Não. Não é prudência que eu tenho. É medo mesmo. Via de regra, nós usamos aquela palavra para indicar que o que temos é uma virtude, e de fato, o é. O foda é que quando o que sentimos é verdadeiramente "medo", não costumamos assumir isso nem para nós mesmo, por forte que queiramos mostrar que somos.

No meu caso, é o inverso. Não sou prudente, e sim medroso. Medo de sentir falta de pessoas e de situações corriqueiras, às quais me acostumei. Afinal, como bom direitista que sou, diria meu amigo  Ruy de Deus, tendo a manter o status quo. Medo de achar tudo tão novo e preferir o velho.

Entretanto, como dizia algum sábio aí, o homem que não enfrenta seus medos é um covarde (pausa pra dizer muitas pessoas colocariam uma vírgula entre a palavra "medo" e o verbo "é" do período anterior. E isso eu não sou. 

Peço à vida que me dê apenas o discernimento necessário para que, daqui a sei lá quanto tempo, quando mudar outra vez de desafio, eu consiga olhar pra trás e dizer, tal qual algum outro sábio, que "vi, vim e venci".

A ferramenta virtual serve como refúgio, como consolo, como válvula... É através desse meio que consigo manter uma vivência mínima com certa "gentalha" (ao menos eu consigo encher esse termo de uma semântica efetuosa), com a qual eu pensei que viveria sem, mas o danado do meu medo, ou da minha prudência, não permitem.

Venham comigo, pois.

Devagar e divagar, amigos

Por mais de de 3 anos editei um blog de alcunha BJ na NET, isso sem contar com mais uns 2 anos em que editei o blog Diário do Bitury. AO todo, já se vão quase 5 anos na blogosfera. Há poucos dias, resolvi e foi resolvido que o BJ na NET cessaria suas atividades. Lá, o foco principal era a política local. É bem provável que volte a escrever por lá mais pra frente.

Mientra, a gana e a necessidade de escrever, e por vezes, de ser lido, fizeram com que eu resolvesse manter um espaço para, de forma DEVAGAR, DIVAGAR sobre temas do nosso cotidiano, por vezes surpreendente, por outras, monótono. 

É claro que esse espaço será bem menos acessado, mas essa nunca foi minha preocupação. De modo que, a quem quiser vez ou outra se aventurar a decifrar divagações de uma mente inquieta, que fique bem à vontade.



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Obrigado por existirem, cambada

Se algum dia eu conseguir ficar mais feliz do que estive hoje, terei atingido o nirvana! Eu que me acho muito bom com palavras, nao as encontro mais p agradecer a meus AMIGOS pelo momento q me propiciaram...


A conquista de agora na minha vida tem muitas utilidades, sobretudo financeira e profissional, mas a maior delas é fazer com que eu esteja reunido com quem eu verdadeiramente amo e demonstrar tudo isso de uma forma que não cabe no dia-a-dia. Aracaju não vai nos separar...pelo contrário!!


Tá certo que muitos faltaram... Eleonor, Josineide, Fabiana, Diego,  Alaíde, Valença, Zé Roberto, José Henrique, Dany, Marcílio, Carlos, Allan, Tony, Andersen, Arnaldo e mais alguns a quem eu depois pedirei desculpas por não tê-los citados.

Por outro lado, as presenças de Brunna, Chapa, Dezinha, Boi, Porca Velha, Doutor Eduardo, Enrolando Orlando, Bruno, Dáfia, Da Paz, Claudiane, Wilsinho, Priscila, Luzineide, Marcelo, Mário, Marcel e os membros da família foram extremamente gratificante. Como falei no discurso, quero vocês PRA SEMPRE na minha vida, meus amigos. Contem sempre comigo, que eu sei que contarei sempre com vocês!



Discurso de W Rafa




Discurso de Mário Ribeiro, já que Luzineide estava se derramando em lágrimas, minha amigona!




Discurso de Marcel Torres




Discurso de Tia Carmen