quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ainda temos uma saída, apesar da dinastia Arraes Campos



A eleição de Ana Arraes foi uma das maiores demonstrações de que a política de Pernambuco está realmente em maus lençóis.

Eduardo Campos e o vice governador João Lyra deixaram seus afazeres em Pernambuco e levaram consigo uma porrada de paspalhos, todos pagos com nosso dinheiro, seus otários, para elegerem uma pessoa sem expressão nenhuma dentro do que reza a cartilha do TCU, com um único propósito: mostrar ao Brasil que Eduardo é forte e articulado. Próximo passo: barganhar uma vaga de vice-presidente, seja com Dilma ou Aécio.

Vários políticos do estado foram a Brasília no sistema ALL INCLUDED cabalar votos para a ex-dona-de-casa que virou ministra do TCU tendo uma única grande qualidade: ser mãe do zói azul.

O argumento principal? Que é bom para Pernambuco. Bom em que, cara de jegue? Em que ter uma pessoa sem expressão (ou mesmo com expressão...quero apenas ressaltar essa sua característica) naquela corte ajuda ao estado? Ela vai FISCALIZAR, e não REPASSAR os recursos e as obras federais. Pernambuco não ganhará um único vintém com essa presença na corte. Aliás, Zé Múcio e Zé Jorge já estão por lá. O que melhorou em sua vida, amigo de PE, com isso? CARALEO nenhum. Ao menos deveriam ter a grandeza de confessar que votaram nela por compromisso político com o partido do filho, o PSB.

Quem ganha com isso é o filho dela. É o partido do filho dela. E, claro, ganham os que fizeram acordos espúrios com Dudu Campos para votarem em sua mãe.

Da bancada de Pernambuco, “Donana” não teve o voto apenas de 3 deputados, a saber Mendonça Filho, Raul Henry e Luciana Santos. Até Augusto Coutinho fez o fa vor de me decepcionar e apontar a “pernambucanidade” como motivo decisivo para votar nela. Tem até gente leiga pensando que ela irá trazer obras para o estado... Não são pessoas burras. São pessoas que, levadas pelo ímpeto governista em eleger Ana, deram a entender a quem não acompanha política, que a função dela seria verdadeiramente proveitosa para PE

Irá, quem sabe, fiscalizar as obras do governo do filho, caso ele seja vice-presidente. Isenção deve ser sua nova alcunha, não é mesmo? Em que lugar do mundo, porra, um presidente ou vice têm a mãe como membro do órgão que os fiscaliza?

Poucos enxergam essa ação como nepotista. Na verdade, como falou Reinaldo Azevedo, é “matrista”.

A oligarquia Arraes Alencar unida à oligarquia Souza Leão Campos tem rendido bons frutos. OLIGARQUIA. Essa palavra que sempre se aplicou a coronéis de direita, em nosso estado se aplica hoje a coronel que se diz de esquerda, em que pesem os barris de petróleo, travestido de apreciador da democracia e de suas instâncias.

EU ME NEGO, Senhor Eduardo, a lhe reconhecer o título de imperador de PERNAMBUCO.

A única saída que nos resta, pelo visto, caros e parcos, é o AEROPORTO DOS GUARARAPES. E por favor, entendam a piada.

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