sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Rei Rossi!!!


Hoje é um daqueles dias que certamente todos nós não gostaríamos que existisse.

Acordar com a notícia estampada na página inicial dos sites: MORRE REGINALDO ROSSI era algo que eu projetava para daqui a pelo menos 2 décadas.

Rossi sim... se não era unanimidade, chegou bem perto dela. Não há roqueiro, pagodeiro Cult ou Emo que não confesse gostar de ao menos uma de suas músicas.

Rossi era Rei. Até no nome. Rei da simpatia e do domínio de palco. Rei das xerecas das meninas.



Um dos maiores nomes da música mundial, Júlio Iglesias, se rendeu e disse: "Rossi, você canta melhor que eu, mas meu cabelo é melhor que o seu!"


 Que seu encontro com Dominguinhos no céu seja regado de risos. 










terça-feira, 15 de outubro de 2013

Pelo Dia do professor

As pessoas sabem que eu posso ser muita coisa, menos um lugar-comum. Não queria ser mais um a dizer PARABÉNS PELO NOSSOS DIA, PROFESSORES.

Trato de fazer sim uma reflexão de como valeu a pena, passados 10 anos da escolha por um curso de licenciatura, e 6 anos da primeira vez que entrei em uma sala de aula na posição invertida a de costume (aos míseros 22 anos), ter me tornado um PROFESSOR, com muito orgulho!

Sei que tive sorte acima da média. E sei sobre tudo que tive competência acima da média para ocupar o posto em que me encontro. E reconheço a importância de tantos e tantos que foram meus mestres e hoje são meus colegas.

Sei das dificuldades que a maioria de nós enfrenta, em termos salariais e estruturais.Lamento que muitos tenham que trabalhar 3 turnos por dia para que no fim do mês tenham um salário meramente digno, que enfrentem distâncias inglórias para alcançarem seus locais de trabalho, que enfrentam alunos vagabundos, violentos, desrespeitosos, drogados, pais coniventes com a sem-vergonhice de seus filhos, gestores preguiçosos que tornam o já árduo trabalho docente praticamente impossível, governantes que preferem investir em uma banda para tocar Funk na cidade a investir em um ônibus para transportar alunos e tantas eticéteras que poderia incluir nesse parágrafo! E sei também como eu gostaria de poder em um futuro nada distante contribuir para atenuar esse quadro.

Acima de qualquer lamentação, porém, está minha confiança de que somos, todos e cada um, responsáveis por uma mudança de rumo do nosso país. Mudança esta que virá através de nossos alunos, quem serão em médio e longo prazo os engenheiros, médicos, advogados, políticos, pensadores, empresários e autônomos que levarão nosso país a atingir, em um futuro, talvez tão longínquo que eu não o consiga vivenciar, um tal, e já duvidoso, MUNDO MELHOR.

Tentando ser sintético, e sei que nunca consigo, MEU ENORME PARABÉNS A CADA UM DOS MEUS COLEGAS DE PROFISSÃO, e meu maior ainda OBRIGADO a vocês, demanda principal de nosso sacerdócio, foco número 1 de nossas vidinhas medíocres, MEUS ALUNOS de ONTEM e de HOJE.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Belo Jardim 85 anos

Nos 85 anos de Belo Jardim, tento escrever e descrever algo sobre essa que é, dentre todas, a melhor cidade do Mundo.

Terra de Músicos, Terra de Progresso, Terra das Muriçocas, Terra de Marocas. 

Lugar de gente simples e honesta. De povo ordeiro e civilizado.

Belo Jardim maltratada pelos poderes instituídos.

Belo Jardim injustiçada pelos que a governam.

Belo Jardim das Baterias Moura, da Palmeiron e da Natto.

Minha cidade, minha Terra, minha casa, minha Pasárgada.

Belo Jardim é um sentimento, não uma cidade. E como tal, não se explica, apenas se sente. É como aquele filho, com quem nós podemos reclamar, mas não queremos que ninguém mais fale mal.

Que o presente nos permita refletir sobre o teu passado e assim projetarmos um futuro melhor para teus filhos.

És Belo no nome, és Belo pra mim, Belo Jardim.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Não valem 20 centavos


Alguns comentários precisam ser feitos sobre a onda de protestos contra o aumento das passagens:

- É preciso perceber, antes de tudo, a JUSTEZA do aumento. No caso de São Paulo (e olhe que o prefeito de lá é do PT, o que me daria muita vontade de detonar sua conduta), o aumento é de 6% em 3 anos. Isso mesmo. O último aumento em SP foi em 2011. Nessa mesmo período, a inflação aumentou 20%. As passagens, apenas 6%. Salários aumentaram. Preço dos combustiveís também. Só o preço da passagem tinha que permanecer "imexível"?

- Justo ou injusto, o aumento pode sim ser contestado. Podem sim protestar. Acontece que tais protestos têm que atingir OS RESPONSÁVEIS PELO AUMENTO. Quem está indo pra casa, pro trabalho, pro cinema com a namorada... Que culpa têm? Por que têm que ter seu caminho interrompido? O TEU DIREITO DE PROTESTAR NÃO É MAIOR QUE O MEU DIREITO DE CIRCULAR, FILHO DA PUTA!!! Já pensou se eu resolvo protestar contra o aumento de gasolina BLOQUANDO O CAMINHO DOS ÔNIBUS????

- Em que essa gente pensa que QUEBRAR VIDROS DE LOJAS, METRÔS E ÔNIBUS ajudam a baixar a passagem? Ora essa... É mais fácil que a depredação ajude a aumentar o valor do transporte, uma vez que parte da frota terá de ser trocada. Além de CRIME, é BURRICE. Quem tiver com peninha, recomendo que PAGUE A FIANÇA e leve esses marginais pra dentro de suas casas. Na primeira briga, eles irão quebrar sua TV, seus pratos, seus copos...

- A minha experiência em movimento estudantil me autoriza a fazer um prognóstico: A MAIOR PARTE DOS QUE ALI ESTÃO nem ligam para O QUE PROTESTAM. Não lhes interessa os 20 centavos a mais. Não sabem PELO QUE ESTÃO LUTANDO.

- ONDE ESTÃO ESSAS MESMAS PESSOAS NA HORA EM QUE SE FALA DA PEC 37 (que quer tirar poderes do Ministério Público), DA PEC 122 (que quer prender pessoas que se coloquem contra a união de gays), ou da ESCANDALOSA PEC 33 (que tira automia do STF, submetendo as decisões deste órgão aos parlamentares)?

COmo bem disse Jabor, não valem 20 centavos!

domingo, 2 de junho de 2013

Aflitos, até breve!

Esse tal 2 de junho de 2013 é uma data pra lá de ingrata. 

Encerra-se aqui (eu prefiro acreditar que é apenas uma grande pausa) a história do Eládio de Barros Carvalho. A casa de todo alvirrubro. O nosso AFLITOS. 




No jogo diante da Portuguesa, o que menos vai importar é o placar final (se bem que uma vitória será muito bem vinda, haja vista que o Timbu está zerado na tabela). Importante mesmo é rememorar as nossas vivências neste nosso verdadeiro Templo.

Não estarei (provavelmente, ao ser lido esse texto, o correto seria ‘estive’) presente ao jogo. Não fisicamente. Mas, diariamente, eu me sinto, nem que seja um pouquinho só, dentro dos AFLITOS.

Ir aos Aflitos em dias de jogo do Náutico é apenas o ápice de quem verdadeiramente conhece o sentimento de alvirrubridade. Isso transcende. Ir aos Aflitos tomar um Café no Delta, ir aos Aflitos mostrar um treino do Náutico a um amigo que está esperando conexão no Aeroporto. Ir aos Aflitos fazer... Nada. Passar hora. Que saudade que já sinto!


Aflitos na época do HEXA


Ao longo das décadas, foram 1.763 Jogos, sendo 1.138 Vitórias do Náutico. Incríveis 65% de aproveitamento. Fizemos mais de 4 mil gols, sendo a maior parte deles marcada por Bita, Kuki, Bizu e Nino.

Mesmo pra mim, que comecei a freqüentar os Aflitos em 1997, impossível não lembrar dos maus bocados que passamos ali. A derrota para o América-MG, quando batemos recorde de público, com mais de 28 mil pessoas presentes, e não conseguimos ir para a série A. A derrota (única na competição) para o Sport no Nordestão de 2001, que custou a eliminação. A queda para a série C em 1998, diante do Remo. Ah, claro, a Batalha dos Aflitos, em 2005, que dispensa comentários.

Alegrias? Aos montes. A vitória na primeira partida da final que nos deu o título de 2001 contra o Santa, ano do centenário, impedindo o Hexa do Sport. A subida para a série A em 2006, contra o Ituano. A permanência na série A em 2012, com direito a classificação para a Sul-Americana e rebaixar o Sport.










A Arena que me perdoe. Mas esse tal de AFLITOS é que é meu estádio, a minha casa. A casa de Barulho e suas laranjas, de Vevete e seus sorvetes, de Pisê e suas pulseiras.

É... Não tenho dúvidas. Quando o assunto é AFLITOS, o refrão que vem a minha cabeça, instântaneamente é


ALI ONDE EU CHOREI QUALQUER UM CHORAVA. DAR A VOLTA POR CIMA COMO DEI, QUERO VER QUEM DAVA.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Cursilho IBT

Há poucos dias, tive uma experiência fantástica. Uma pessoa de quem muito gosto, mas de quem discordo de quase tudo, me convidou para um tal cursilho da Igreja Batista. Depois de muito relutar, decidi ir. Aproveitei ao máximo o que poderiam me dar naquele ambiente repleto de coisas das quais não gosto: crentes, orações e gente casta. 

É incrível como, de onde não esperamos nada, vem aquilo que mais pode nos surpreender. O cursilho é um evento que se assemelha a um EJC da Igreja Católica. Difere por ser em um hotel isolado da cidade, e ter apenas homens, e nem só jovens. O que ocorre lá dentro, que não deve ser revelado, para não estragar a magia de quem se atrever a experimentar, toca deveras a sensibilidade do mais gélido humano. 

A minha crença e a minha religiosidade não sofreram alterações. Mas a minha espiritualidade, sem dúvidas. Algumas palavras são fundamentais de serem citadas, quando o assunto for esse cursilho: 

- RENÚNCIA 

- SERVIDÃO 

- GRAÇA 

Lá deu pra notar que: 

-nem todo crente veste terno e não depila o sovaco; 

- os crentes contam piadas e riem muito. Alguns até tomam um uisquezinho de leve; 

- nem todo crente passa o dia tentando evangelizar você. 

Muito do que eu tinha a dizer sobre o assunto, acabei falando em outras plataformas, e a linha argumentativa acabou saturando. Muito do que gostaria de dizer, não pode ser revelado. 

Acabo que digo só uma coisa, em forma sintética: quando o convidarem para um evento de uma tendência com a qual você não simpatiza, não oferece resistências. Vá de peito aberto, coração leve e desfrute. O mínimo que acontecerá é você refletir sobre o convívio com o divergente. 



domingo, 7 de abril de 2013

Amor ao Náutico

MAIS ATUAL QUE NUNCA, É O MEU AMOR PELO NÁUTICO


Texto de 03/11/11
Me deu uma vontade doida agora de dizer...de repetir...de reafirmar...de asseverar...de ratificar:

Clube Náutico Capibaribe, eu sou doido por voce. Eu amo voce. Eu brigo por voce. Eu choro por você. Eu gasto dinheiro por você. Eu falto trabalho, aula, encontro amoroso, compromiso familiar...

Por você, argumento, mas também calo. Xingo e elogio. Eu pago mico e apareço chorando na capa do jornal por você. Eu levo murro na cara por você. 

Não recebo quase nada em troca de você. Eu nem exigo que  me dê algo em troca. Eu sei das suas limitações e não esqueço todas as decepções que me causou, mas eu não ligo...Eu sou sádico quando o assunto é você. Eu Desço a lenha e esculhambo, mas não admito que ninguém mais faça isso com você. Só eu! Afinal, é uma relação única.

Você não é meu time...É meu time, minha crença, minha religião, minha causa, minha paixão, meu parente, meu estado civil e meu tipo sanguineo. 

Você é o que venero...O que almejo vislumbro e espero. o que sonho, o que represento, o que creio. O que me faz falar e calar.

Não há nada nem ninguém, nem haverá, que me faça ser o que sou em relação a você.

Eu sei...isso deveria ser dito a uma pessoa, e nao a uma instituição. Mas eu sou assim...Alvirrubro! A maioria das pessoas nunca saberá o que é isso.

Parabéns, minha sina! Meu clube! Meu time! Minha paixão!

terça-feira, 19 de março de 2013

Quem pouco nos dá muito exige: Ouçamos Frevo

A visão dos nossos políticos, definitivamente, é de que nós, cidadãos, não sabemos guiar nossa vida. Em virtude disso, precisamos de uma mão forte e de uma voz bradando-nos o tempo todo o que fazer. Essa mão e essa voz chama-se O ESTADO. 

A novidade do estado totalitário, o grande paizão, vem do Recife. E é obra de um vereador claramente desocupado. A lástima maior é que seus pares, em maioria parecem estar de acordo. O vereador Marco Aurélio propõe que as rádios do Recife sejam OBRIGADAS a tocar frevo ao menos uma vez por dia. 

Ora! Ouça o frevo quem quiser, comprando cd’s, baixando na internet... Toque o frevo a rádio que quiser. Inserir o frevo de forma OBRIGATÓRIA é um atentado às liberdades individuais. Há rádios no Recife que são segmentadas (evangélicas, música APENAS internacional, música apenas POP, e há até uma rádio que não toca músicas, e sim notícias). Todas essas rádios têm em seu público cativo pessoas que não querem ouvir frevo, mas estarão sendo FORÇADAS, por uma lei inócua. Será isso um crime? Será isso passível de punição? Na opinião do Sr. Aurélio, sim. 

Parece-me que a lei terá um efeito contraproducente. Ninguém faz algo FORÇADAMENTE com boa vontade. Se o objetivo do edil era inserir o frevo no gosto do recifense, por estar ouvindo-o na rádio, o resultado será que aqueles que não são fãs da música, mas a conseguem ouvir esporadicamente, terão menos afeição ainda pelo estilo, por estarem sendo obrigados a ouvi-lo. As rádios segmentadas tocarão o frevo as 4h da manhã, ou se o fizerem em horário comercial, perderão, no momento da execução, boa parte de seu público. 

Quão bom seria que todos pudéssemos fazer nossas escolhas de foro íntimo. Isso é cada vez menos possível em um país que regula o que vemos na TV, o que devemos comer, beber, se devemos fumar ou não... Ainda que tais medidas tragam um pequeno ganho, causam-no dois males irreparáveis e nefastos: a perda da liberdade individual (afinal, querem nos tirar até o direito de ao gostar de um estilo musical) e a dependência cada maior de um estado velhaco, que muito pouco nos dá, e muito de nós exige. 

quarta-feira, 6 de março de 2013

O melhor e o pior

Se o olhar cativa, 
Se a voz soa música, 
Se a pele arrepia ao primeiro toque, 
Não adianta mais negar... 

Se a perspectiva assusta, 
Se a distância amedronta, 
Se a química é apenas dos corpos, e não das almas, 
De nada serve a razão brigar com o coração... 

Se o reencontro é cálido, 
Se o sorriso aprisiona, 
Se o beijo incendeia, 
Não se lute contra: a entrega é sempre o melhor caminho... 

Se o desengano se avizinha, 
Se o inesperado intercepta o caminho, 
Se um Adeus é o maior temor e se as palavras fogem, 
Apenas cale! 

Não há o que fazer quando o melhor e pior se fundem.

Wagner Rafaell Peixoto (Março, 2013)