quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Bob Dylan e Relativismo Cultural


O Prêmio Nobel de Literatura a Bob Dylan me fez refletir uma vez mais sobre o relativismo cultural. A ideia de que não se pode julgar os valores culturais de um povo com base nos nossos próprios referenciais sempre me pareceu conversa de antropólogo esquerdóide.

Será que não se pode mesmo comparar a qualidade musical de Dylan com a de Amado Batista?

Marília Mendonça e Adele se equiparam do ponto de vista qualitativo, e preferir uma a outra é mera questão de “gosto”?

Chimbinha é mesmo um guitarrista Formidável? Se for, que adjetivo pode ser usado para definir Mark Knopfler?

Um vinho francês envelhecido em barris de carvalho e reservado e uma cachaça artesanal não podem ser confrontados quanto à suas qualidades?

As pinturas rupestres de um povo paleolítico têm o mesmo valor que O Grito, de Munch?

Osama Bin Laden e Gandhi tiveram a mesma envergadura moral? Aliás, Moral também entra no relativismo?

Definitivamente, colocar tudo e todos em patamar de igualdade implica desvalorizar o mais bem elaborado mais do que valorizar o trivial.

Gosto se discute, sim. As qualidades do que é bem feito devem ser exaltadas. As falhas do que é mal feito devem ser apontadas, a fim de serem corrigidas.

Despir-se de sua própria cultura para poder avaliar a alheia certamente funciona na academia. No cotidiano, estamos impregnados por idiossincrasias que não nos permitem, amiúde, enxergar o valor, ou a falta de valor, do outro.

Falta-nos alteridade.


E quem disse que isso sempre faz mal?

terça-feira, 19 de julho de 2016

Amigos!!



E mesmo odiando clichês, vou cada dia mais me entregando a frivolidades que a vida nos apresenta. Efeito do inexorável vilão chamado “tempo”.

Encerrei uma série chamada How I Met Your Mother (Como Conheci a Mãe de Vocês) e me entreguei a reminiscências. Sem ser uma superprodução, contam a história de como 5 amigos caminharam ao longo de quase uma década. Compartilhando momentos e estórias. No último capítulo, a personagem mais pé-no-chão (e justamente por isso apontada como a menos emotiva) aponta o trivial: cada um seguirá seu caminho; os encontros se tornarão menos frequentes; e nos reuniremos apenas, e com sorte!, nos grandes momentos da vida de cada um...

Por ironia, nessa mesma tarde, recebi o convite de casamento de um grande amigo da infância e juventude. Imediatamente passei a refletir sobre como é estranho não saber, nos dias atuais, que seu melhor amigo de dez anos atrás está prestes a casar. E passei a lembrar também de todos os amigos que colecionei ao longo dessas 3 décadas. De alguns, como aquele galego e aquela gordinha com quem estudei na alfabetização, não lembro mais sequer o nome. De outros, não sei o que é de suas vidas.

De um terceiro grupo, o mais numeroso, sei muito, mas os vejo pouco. Menos do que gostaria. É um sinal de que caminhamos nossas trilhas, com escolhas e caminhos diferentes, e que, em função disso, nos afastamos fisicamente, mas traremos sempre na memória as lembranças daquelas conversas intermináveis, daqueles planos mirabolantes que traçávamos...daquele tempo que deveria ser petrificado... (Como é mesmo o nome daquela gordinha, hein? E do galego? Tem até foto deles aqui no meu aniversário de 6 anos)

E quão gratificante será quando, nesses raros encontros, ao ver um amigo, sentirmos como se nos houvéssemos visto na noite anterior. Compartilharemos sorrisos e segredos, inspiraremos brincadeiras e confiança como se o tempo, este moleque traiçoeiro, não houvesse se esvaído ao longo de nossas jornadas. Afinal, como disse Einstein "Pode ser que um dia nos afastemos...Mas, se formos amigos de verdade, A amizade nos reaproxima."

É... faz parte do script da vida. E não jaz aqui uma reclamação de um futuro cadáver ranzinza, não. É uma mera contestação de alguém que, com o passar do tempo, cada vez mais, vai se apegando às pieguices da vida.

Desses amigos, eu não exijo a presença nem a demonstração constante de apreço. Exijo apenas a lembrança e a palavra amistosa. Pois, como bem dito e bendito por Martin Luther King, ponderando sobre o fim de uma batalha, "No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos”.

E olhem quão irônica é essa bostinha de vida que é a nossa... Celebra-se hoje o dia dos chatos prediletos, que chamamos “amigos”, como bem disse Mário Quintana.

Eu tenho grandes amigos. Não sei bem a que divindade agradecer, mas assim que o descobrir, farei isso. E a você, meu amigo, em Belo Jardim, e em tantas outras cidades de Pernambuco; em Sergipe e em tantos outros estados do Brasil; no Canadá e em alguns outros países, meu OBRIGADO POR ME SUPORTAR.

Saiba que só o que quero da vida é um pouco de êxito profissional, vigor físico pra viajar e conhecer novos lugares, e muito tempo para sentar perto de você, tomar uma dose, lhe contar minha vida e ouvir da sua.

"Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só." Amir Klink


sábado, 4 de janeiro de 2014

2014!

Bom, vamos lá... Sabem que sou avesso a datas, etc... Mas acabei rendendo-me à tentação de avaliar o último ciclo anual (que chatice ter que sempre ser do contra e rebuscado demais!!)

2013 é um ano que acaba sem deixar nem uma saudade! 

No campo profissional, apesar de gostar demais do que faço, e ter excelentes alunos no IFS de Aracaju, a lida diária com pessoas incapazes de desempenhar a contento suas funções foi o que mais se destacou. Parece que trabalham de mau humor e insatisfeitos com o que fazem. Tomam para o campo pessoal qualquer discordância com uma atitude profissional. Senti-me muito mal de ter que ir a vias judiciais para exigir algo que todos viam ser um direito certo. Legal e Moral. Afastaram um Professor para doutorado e empurraram todas suas aulas para mim. Uma ova que eu me calo!!

No IFS-Aracaju falta até água mineral na sala dos professores. É pouco! Falta profissionalismo e zelo com a coisa pública. Confesso que não vejo a hora de pegar o beco dali.

Futebolisticamente, o ano foi uma tragédia. O Náutico tinha tudo para despontar como a força do Nordeste. Primeira divisão, “DONO” da Arena Pernambuco, participante da SulaAmericana... Já sabemos em que deu tudo isso... Apesar disso, novos ventos sopram e esperamos que em 2014 tudo seja diferente. Sempre contigo!

Como um neo-sergipano, me afeiçoei ao Sergipe, e ao menos ele deu umas boas alegrias, embora, para isso, eu quase tenha tomado um tiro num jogo no interior. A Itália, como sempre, freguesa do Brasil, me deu duas alegrias ao vivo, coisa inédita para mim. Uma em Recife, num dos melhores jogos de todos os tempos, ao vencer o Japão por 4x3, jogo que vi na companhia de uma boa amiga. A outra foi em Salvador contra o Uruguai, garantindo o 3° lugar na Copa das Confederações.

Minha outra paixão, a Política, também me traiu esse ano.

Em Belo Jardim, a situação tá russa! Apesar de ter havido rompimento entre prefeito e seu vice, o saldo é pra lá de negativo. 3 vereadores eleitos pelo nosso partido, o DEM, traem-no e se aliam, da forma mas sorrateira ao nosso opositor. Dos 3, apenas Euno teria se eleito sem o DEM. Da Paz e Patrícia devem além de suas eleições ao DEM (leia-se, Grupo Mendonça). Ambas sabem do que falo. Há ainda 2 vereadores que não são do DEM, mas do PMDB, e que também deveriam ter a decência de se manterem no lado em que se elegeram: Jair e Claudemir.

O Tempo e seus eleitores se encarregarão de castigá-los. Ainda na política, tenho que relembrar a palhaçada anunciada por Estrela, no primeiro dia de seu mandato, de que seria oposição a João Mendonça. Durou o tempo de lhe darem cargos na prefeitura, incluindo a Diretoria de Trânsito.

O mais patético, porém, foi a Lei do Nepotismo. Em Belo Jardim, se a lei está contra O Imperador, mude-se a lei, oras! Mas ele não me envergonha tanto como os vereadores que aprovaram essa vergonha nacional: DA PAZ, PATRÍCIA, EUNO, CLAUDEMIR, TIO, VANDO e JAIR.

Positivo nessa área foram duas coisas:

- A Condenação dos bandidos do PT, cambói de gente safada que deveria estar na cadeia desde 2006. Agora podemos, amigos, andar um pouco mais tranquilos nas ruas, que DIRCEU, GENOÍNO e DELÚBIO não nos passarão a mão. E há ainda quem tenha pena desse bando de ladrão safado!

- O Rompimento do Imperador maior de Pernambuco, Eduardo Campos, com a cambada do PT. Isso irá garantir um segundo turno e, quem sabe, a derrota do PT.

Ah! Não posso esquecer da morte de Hugo Chavez. Sem dúvidas, algo pra lá de positivo! Que me apedrejem!!!

Definitivamente, não há remota chance de 2014 ser pior que 2013!




Que 2014 não seja tão somente o início de uma nova etapa cronológica, mas também o começo de um novo tempo em nossas vidas, em que a perseverança, a retidão, o convívio com o diferente e a ambição por dias melhores sejam elementos propulsores.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Rei Rossi!!!


Hoje é um daqueles dias que certamente todos nós não gostaríamos que existisse.

Acordar com a notícia estampada na página inicial dos sites: MORRE REGINALDO ROSSI era algo que eu projetava para daqui a pelo menos 2 décadas.

Rossi sim... se não era unanimidade, chegou bem perto dela. Não há roqueiro, pagodeiro Cult ou Emo que não confesse gostar de ao menos uma de suas músicas.

Rossi era Rei. Até no nome. Rei da simpatia e do domínio de palco. Rei das xerecas das meninas.



Um dos maiores nomes da música mundial, Júlio Iglesias, se rendeu e disse: "Rossi, você canta melhor que eu, mas meu cabelo é melhor que o seu!"


 Que seu encontro com Dominguinhos no céu seja regado de risos. 










terça-feira, 15 de outubro de 2013

Pelo Dia do professor

As pessoas sabem que eu posso ser muita coisa, menos um lugar-comum. Não queria ser mais um a dizer PARABÉNS PELO NOSSOS DIA, PROFESSORES.

Trato de fazer sim uma reflexão de como valeu a pena, passados 10 anos da escolha por um curso de licenciatura, e 6 anos da primeira vez que entrei em uma sala de aula na posição invertida a de costume (aos míseros 22 anos), ter me tornado um PROFESSOR, com muito orgulho!

Sei que tive sorte acima da média. E sei sobre tudo que tive competência acima da média para ocupar o posto em que me encontro. E reconheço a importância de tantos e tantos que foram meus mestres e hoje são meus colegas.

Sei das dificuldades que a maioria de nós enfrenta, em termos salariais e estruturais.Lamento que muitos tenham que trabalhar 3 turnos por dia para que no fim do mês tenham um salário meramente digno, que enfrentem distâncias inglórias para alcançarem seus locais de trabalho, que enfrentam alunos vagabundos, violentos, desrespeitosos, drogados, pais coniventes com a sem-vergonhice de seus filhos, gestores preguiçosos que tornam o já árduo trabalho docente praticamente impossível, governantes que preferem investir em uma banda para tocar Funk na cidade a investir em um ônibus para transportar alunos e tantas eticéteras que poderia incluir nesse parágrafo! E sei também como eu gostaria de poder em um futuro nada distante contribuir para atenuar esse quadro.

Acima de qualquer lamentação, porém, está minha confiança de que somos, todos e cada um, responsáveis por uma mudança de rumo do nosso país. Mudança esta que virá através de nossos alunos, quem serão em médio e longo prazo os engenheiros, médicos, advogados, políticos, pensadores, empresários e autônomos que levarão nosso país a atingir, em um futuro, talvez tão longínquo que eu não o consiga vivenciar, um tal, e já duvidoso, MUNDO MELHOR.

Tentando ser sintético, e sei que nunca consigo, MEU ENORME PARABÉNS A CADA UM DOS MEUS COLEGAS DE PROFISSÃO, e meu maior ainda OBRIGADO a vocês, demanda principal de nosso sacerdócio, foco número 1 de nossas vidinhas medíocres, MEUS ALUNOS de ONTEM e de HOJE.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Belo Jardim 85 anos

Nos 85 anos de Belo Jardim, tento escrever e descrever algo sobre essa que é, dentre todas, a melhor cidade do Mundo.

Terra de Músicos, Terra de Progresso, Terra das Muriçocas, Terra de Marocas. 

Lugar de gente simples e honesta. De povo ordeiro e civilizado.

Belo Jardim maltratada pelos poderes instituídos.

Belo Jardim injustiçada pelos que a governam.

Belo Jardim das Baterias Moura, da Palmeiron e da Natto.

Minha cidade, minha Terra, minha casa, minha Pasárgada.

Belo Jardim é um sentimento, não uma cidade. E como tal, não se explica, apenas se sente. É como aquele filho, com quem nós podemos reclamar, mas não queremos que ninguém mais fale mal.

Que o presente nos permita refletir sobre o teu passado e assim projetarmos um futuro melhor para teus filhos.

És Belo no nome, és Belo pra mim, Belo Jardim.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Não valem 20 centavos


Alguns comentários precisam ser feitos sobre a onda de protestos contra o aumento das passagens:

- É preciso perceber, antes de tudo, a JUSTEZA do aumento. No caso de São Paulo (e olhe que o prefeito de lá é do PT, o que me daria muita vontade de detonar sua conduta), o aumento é de 6% em 3 anos. Isso mesmo. O último aumento em SP foi em 2011. Nessa mesmo período, a inflação aumentou 20%. As passagens, apenas 6%. Salários aumentaram. Preço dos combustiveís também. Só o preço da passagem tinha que permanecer "imexível"?

- Justo ou injusto, o aumento pode sim ser contestado. Podem sim protestar. Acontece que tais protestos têm que atingir OS RESPONSÁVEIS PELO AUMENTO. Quem está indo pra casa, pro trabalho, pro cinema com a namorada... Que culpa têm? Por que têm que ter seu caminho interrompido? O TEU DIREITO DE PROTESTAR NÃO É MAIOR QUE O MEU DIREITO DE CIRCULAR, FILHO DA PUTA!!! Já pensou se eu resolvo protestar contra o aumento de gasolina BLOQUANDO O CAMINHO DOS ÔNIBUS????

- Em que essa gente pensa que QUEBRAR VIDROS DE LOJAS, METRÔS E ÔNIBUS ajudam a baixar a passagem? Ora essa... É mais fácil que a depredação ajude a aumentar o valor do transporte, uma vez que parte da frota terá de ser trocada. Além de CRIME, é BURRICE. Quem tiver com peninha, recomendo que PAGUE A FIANÇA e leve esses marginais pra dentro de suas casas. Na primeira briga, eles irão quebrar sua TV, seus pratos, seus copos...

- A minha experiência em movimento estudantil me autoriza a fazer um prognóstico: A MAIOR PARTE DOS QUE ALI ESTÃO nem ligam para O QUE PROTESTAM. Não lhes interessa os 20 centavos a mais. Não sabem PELO QUE ESTÃO LUTANDO.

- ONDE ESTÃO ESSAS MESMAS PESSOAS NA HORA EM QUE SE FALA DA PEC 37 (que quer tirar poderes do Ministério Público), DA PEC 122 (que quer prender pessoas que se coloquem contra a união de gays), ou da ESCANDALOSA PEC 33 (que tira automia do STF, submetendo as decisões deste órgão aos parlamentares)?

COmo bem disse Jabor, não valem 20 centavos!

domingo, 2 de junho de 2013

Aflitos, até breve!

Esse tal 2 de junho de 2013 é uma data pra lá de ingrata. 

Encerra-se aqui (eu prefiro acreditar que é apenas uma grande pausa) a história do Eládio de Barros Carvalho. A casa de todo alvirrubro. O nosso AFLITOS. 




No jogo diante da Portuguesa, o que menos vai importar é o placar final (se bem que uma vitória será muito bem vinda, haja vista que o Timbu está zerado na tabela). Importante mesmo é rememorar as nossas vivências neste nosso verdadeiro Templo.

Não estarei (provavelmente, ao ser lido esse texto, o correto seria ‘estive’) presente ao jogo. Não fisicamente. Mas, diariamente, eu me sinto, nem que seja um pouquinho só, dentro dos AFLITOS.

Ir aos Aflitos em dias de jogo do Náutico é apenas o ápice de quem verdadeiramente conhece o sentimento de alvirrubridade. Isso transcende. Ir aos Aflitos tomar um Café no Delta, ir aos Aflitos mostrar um treino do Náutico a um amigo que está esperando conexão no Aeroporto. Ir aos Aflitos fazer... Nada. Passar hora. Que saudade que já sinto!


Aflitos na época do HEXA


Ao longo das décadas, foram 1.763 Jogos, sendo 1.138 Vitórias do Náutico. Incríveis 65% de aproveitamento. Fizemos mais de 4 mil gols, sendo a maior parte deles marcada por Bita, Kuki, Bizu e Nino.

Mesmo pra mim, que comecei a freqüentar os Aflitos em 1997, impossível não lembrar dos maus bocados que passamos ali. A derrota para o América-MG, quando batemos recorde de público, com mais de 28 mil pessoas presentes, e não conseguimos ir para a série A. A derrota (única na competição) para o Sport no Nordestão de 2001, que custou a eliminação. A queda para a série C em 1998, diante do Remo. Ah, claro, a Batalha dos Aflitos, em 2005, que dispensa comentários.

Alegrias? Aos montes. A vitória na primeira partida da final que nos deu o título de 2001 contra o Santa, ano do centenário, impedindo o Hexa do Sport. A subida para a série A em 2006, contra o Ituano. A permanência na série A em 2012, com direito a classificação para a Sul-Americana e rebaixar o Sport.










A Arena que me perdoe. Mas esse tal de AFLITOS é que é meu estádio, a minha casa. A casa de Barulho e suas laranjas, de Vevete e seus sorvetes, de Pisê e suas pulseiras.

É... Não tenho dúvidas. Quando o assunto é AFLITOS, o refrão que vem a minha cabeça, instântaneamente é


ALI ONDE EU CHOREI QUALQUER UM CHORAVA. DAR A VOLTA POR CIMA COMO DEI, QUERO VER QUEM DAVA.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Cursilho IBT

Há poucos dias, tive uma experiência fantástica. Uma pessoa de quem muito gosto, mas de quem discordo de quase tudo, me convidou para um tal cursilho da Igreja Batista. Depois de muito relutar, decidi ir. Aproveitei ao máximo o que poderiam me dar naquele ambiente repleto de coisas das quais não gosto: crentes, orações e gente casta. 

É incrível como, de onde não esperamos nada, vem aquilo que mais pode nos surpreender. O cursilho é um evento que se assemelha a um EJC da Igreja Católica. Difere por ser em um hotel isolado da cidade, e ter apenas homens, e nem só jovens. O que ocorre lá dentro, que não deve ser revelado, para não estragar a magia de quem se atrever a experimentar, toca deveras a sensibilidade do mais gélido humano. 

A minha crença e a minha religiosidade não sofreram alterações. Mas a minha espiritualidade, sem dúvidas. Algumas palavras são fundamentais de serem citadas, quando o assunto for esse cursilho: 

- RENÚNCIA 

- SERVIDÃO 

- GRAÇA 

Lá deu pra notar que: 

-nem todo crente veste terno e não depila o sovaco; 

- os crentes contam piadas e riem muito. Alguns até tomam um uisquezinho de leve; 

- nem todo crente passa o dia tentando evangelizar você. 

Muito do que eu tinha a dizer sobre o assunto, acabei falando em outras plataformas, e a linha argumentativa acabou saturando. Muito do que gostaria de dizer, não pode ser revelado. 

Acabo que digo só uma coisa, em forma sintética: quando o convidarem para um evento de uma tendência com a qual você não simpatiza, não oferece resistências. Vá de peito aberto, coração leve e desfrute. O mínimo que acontecerá é você refletir sobre o convívio com o divergente. 



domingo, 7 de abril de 2013

Amor ao Náutico

MAIS ATUAL QUE NUNCA, É O MEU AMOR PELO NÁUTICO


Texto de 03/11/11
Me deu uma vontade doida agora de dizer...de repetir...de reafirmar...de asseverar...de ratificar:

Clube Náutico Capibaribe, eu sou doido por voce. Eu amo voce. Eu brigo por voce. Eu choro por você. Eu gasto dinheiro por você. Eu falto trabalho, aula, encontro amoroso, compromiso familiar...

Por você, argumento, mas também calo. Xingo e elogio. Eu pago mico e apareço chorando na capa do jornal por você. Eu levo murro na cara por você. 

Não recebo quase nada em troca de você. Eu nem exigo que  me dê algo em troca. Eu sei das suas limitações e não esqueço todas as decepções que me causou, mas eu não ligo...Eu sou sádico quando o assunto é você. Eu Desço a lenha e esculhambo, mas não admito que ninguém mais faça isso com você. Só eu! Afinal, é uma relação única.

Você não é meu time...É meu time, minha crença, minha religião, minha causa, minha paixão, meu parente, meu estado civil e meu tipo sanguineo. 

Você é o que venero...O que almejo vislumbro e espero. o que sonho, o que represento, o que creio. O que me faz falar e calar.

Não há nada nem ninguém, nem haverá, que me faça ser o que sou em relação a você.

Eu sei...isso deveria ser dito a uma pessoa, e nao a uma instituição. Mas eu sou assim...Alvirrubro! A maioria das pessoas nunca saberá o que é isso.

Parabéns, minha sina! Meu clube! Meu time! Minha paixão!

terça-feira, 19 de março de 2013

Quem pouco nos dá muito exige: Ouçamos Frevo

A visão dos nossos políticos, definitivamente, é de que nós, cidadãos, não sabemos guiar nossa vida. Em virtude disso, precisamos de uma mão forte e de uma voz bradando-nos o tempo todo o que fazer. Essa mão e essa voz chama-se O ESTADO. 

A novidade do estado totalitário, o grande paizão, vem do Recife. E é obra de um vereador claramente desocupado. A lástima maior é que seus pares, em maioria parecem estar de acordo. O vereador Marco Aurélio propõe que as rádios do Recife sejam OBRIGADAS a tocar frevo ao menos uma vez por dia. 

Ora! Ouça o frevo quem quiser, comprando cd’s, baixando na internet... Toque o frevo a rádio que quiser. Inserir o frevo de forma OBRIGATÓRIA é um atentado às liberdades individuais. Há rádios no Recife que são segmentadas (evangélicas, música APENAS internacional, música apenas POP, e há até uma rádio que não toca músicas, e sim notícias). Todas essas rádios têm em seu público cativo pessoas que não querem ouvir frevo, mas estarão sendo FORÇADAS, por uma lei inócua. Será isso um crime? Será isso passível de punição? Na opinião do Sr. Aurélio, sim. 

Parece-me que a lei terá um efeito contraproducente. Ninguém faz algo FORÇADAMENTE com boa vontade. Se o objetivo do edil era inserir o frevo no gosto do recifense, por estar ouvindo-o na rádio, o resultado será que aqueles que não são fãs da música, mas a conseguem ouvir esporadicamente, terão menos afeição ainda pelo estilo, por estarem sendo obrigados a ouvi-lo. As rádios segmentadas tocarão o frevo as 4h da manhã, ou se o fizerem em horário comercial, perderão, no momento da execução, boa parte de seu público. 

Quão bom seria que todos pudéssemos fazer nossas escolhas de foro íntimo. Isso é cada vez menos possível em um país que regula o que vemos na TV, o que devemos comer, beber, se devemos fumar ou não... Ainda que tais medidas tragam um pequeno ganho, causam-no dois males irreparáveis e nefastos: a perda da liberdade individual (afinal, querem nos tirar até o direito de ao gostar de um estilo musical) e a dependência cada maior de um estado velhaco, que muito pouco nos dá, e muito de nós exige. 

quarta-feira, 6 de março de 2013

O melhor e o pior

Se o olhar cativa, 
Se a voz soa música, 
Se a pele arrepia ao primeiro toque, 
Não adianta mais negar... 

Se a perspectiva assusta, 
Se a distância amedronta, 
Se a química é apenas dos corpos, e não das almas, 
De nada serve a razão brigar com o coração... 

Se o reencontro é cálido, 
Se o sorriso aprisiona, 
Se o beijo incendeia, 
Não se lute contra: a entrega é sempre o melhor caminho... 

Se o desengano se avizinha, 
Se o inesperado intercepta o caminho, 
Se um Adeus é o maior temor e se as palavras fogem, 
Apenas cale! 

Não há o que fazer quando o melhor e pior se fundem.

Wagner Rafaell Peixoto (Março, 2013)

domingo, 16 de dezembro de 2012

HOMOSSEXUALISMO ou HOMOSSEXUALIDADE: Além da nomenclatura


Recentemente, fui contestado por um amigo em função de um comentário meu em uma rede social que lhe soou homofóbico. Afirmei-lhe que não tenho absolutamente nada contra quaisquer orientações sexuais, inclusive, sou um assumido defensor do direito dos gays de se casarem civilmente. Conclui essa linha de raciocínio dizendo que discordo sim dos MILITANTES DO HOMOSSEXUALISMO.

Essa posição implica dizer que defendo os DIREITOS, e não os privilégios da classe: Parada Gay patrocinada por dinheiro público, a estapafúrdia ideia que circulou tempos atrás de criar COTAS em CONCURSOS para gays, e em especial o chamado KIT GAY, com vídeos que seriam exibidos para alunos de até 8 anos de idade. Tais vídeos mostravam cenas como uma em que alguém diz que ser gay tem vantagens, por exemplo, na balada, porque você tem 50% a mais de chances de ficar com alguém. A isso, sim, meu repúdio.

O pior item dessa pauta é a criminalização da homofobia. Bater em alguém, demitir outrem, ridicularizar pessoas...Tudo isso já é ilegal e pode ser punido com base nas leis já vigentes. Costumo dizer HOMOFOBIA (o fato de não gostar, e não querer o convívio próximo com a classe) É IDIOTICE, MAS NÃO UM CRIME

Mas vejam a que nível chegou a capacidade do brasileiro de pouco se indignar com a corrupção envolvendo dinheiro público, mas muito se indignar com uma simples questão de  nomenclatura. Quase fui decapitado por usar o termo HOMOSSEXUALISMO, no lugar de HUMOSSEXUALIDADE.

A justificativa dos militantes é que o sufixo ISMO se aplica quando se abordam doenças, o que, obviamente, não é o caso dos gays. Esse papo começou a ser difundido há alguns anos pelos sindicalistas do movimento gay no Brasil. Entrou na moda e é politicamente correto usar o termo que lhes agrada. Porém essa baboseira não aguenta 5 minutos de argumentação linguística, etimológica ou gramatical.

Ao meu interlocutor, que afirmara com convicção que eu, como professor, deveria saber que ISMO significa doença, retruquei perguntando sobre os verbetes OTIMISMO e PATRIOTISMO, se indicam doença. A resposta foi um hiato...mais um hiato.... e aí, um “deixa isso pra lá”.

Como não seguimos no assunto, não pude lhe perguntar se ele acha que CRISTIANISMO indica pessoas doentes. Talvez essa gente ache que GOVERNISMO é uma doença. Se bem que, nesse ponto, se falarmos do PMDB, concordarei com eles.

Como sou professor de português, bem lembrado por meu interlocutor, tenho que saber sim o significado do sufixo ISMO. Uma rápida pesquisa para fundamentar minha opinião mostra que, de acordo com ANTONIO HOUAISS, e aí, não sou mais eu quem fala, ISMO produz nomes que veiculam um conjunto variado de sentidos, desde movimentos políticos ou religiosos a meios profissionais.

Este problema vai muito além da ortografia, da semântica ou da pragmática. A discussão, à primeira vista, banal, sobre o termo, revela o espírito ditatorial com que os militantes do movimento gay tratam a questão. Inventam uma tolice e querem empurrá-la, sem nenhum  embasamento teórico, goela abaixo dos seus aliados e, vejam que topete!, dos seus não aliados. Vale até refletir sobre outra invencionice: a da PresidentE DIlma de ser chamada de PresidentA, como se ela ficasse contentA ao visitar o seu dentistO, ou dar entrevista a um famoso jornalistO.

A impressão que fica, findo o assunto, é que alguns militantes gays não querem Direitos Iguais, e sim Direitos a mais. Todos devem ser respeitados- gays, hetero ou o que for-, mas nem todos estão obrigados a gostarem uns dos outros. Com tal virulência, os ânimos apenas se tencionam mais, e as reivindicações da classe (a maioria delas, pra lá de justas) ganham menos respaldo popular.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Junto com o MSN, parte também parte das reminiscências minhas


Quando comecei a usar internet, e isso tem quase 15 anos, o meio para conversar com amigos eram o ICQ (que eu detestava) e o IRC (que era acessado através de programas como o MIRC, AVALANCHE, NINJA...).

Surgiu então o FODEROSO MSN. Prático, moderno, bonito, com vídeo e áudio...Parecia indestrutível. O Google tentou derrubá-lo quando lançou o batepapo do Gmail, que depois integrou-se ao Orkut. Não
conseguiu. O Skype, com chamadas gratuitas e qualidade próxima a da ligação telefônica também não.

Aí veio o Facebook com o seu chat. Até hoje não entendo porque as pessoas preferem conversar nessa janelinha apertada, que precisa ser minimizada para não atrapalhar a visualização do resto da página... Notem que o chat do Face desbancou o MSN mesmo sendo muito parecido ao chat do Orkut, que nunca fez medo ao MSN.

O que parecia impossível, acontecerá em breve: O MSN vai acabar. Será engolido pelo Skype. Junto com ele morre muita coisa, mas viverão ainda as lembranças das madrugadas de insônia regada a muita conversa à toa em suas janelas.

Fico aqui me perguntando qual será a próxima inovação tecnológica que surgirá para plantear a bancarrota das ferramentas que acompanharam meu crescimento...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Consciência não tem dia, amigos


Hoje é comemorado o Dia da Consciência Negra.


Grande Merda. A data foi escolhida por ter referência com Zumbid os Palmares, o negro que tinha escravos.

A data serve ainda para os negros sindicalistas lembrarem a sociedade que os seus BISAVÓS e TATARAVÓS sofreram repressão, e, por conta disso, os contemporâneos, que não sabem PORRA NENHUMA DA ESCRAVIDÃO merecem cotas raciais para terem acesso à universidades.

Dia da Consciência Negra dá direito a que se queira implementar o dia da Consciência Branca, para lembrar todos os brancos que ajudaram a fazer dessa nação, e do mundo inteiro, o que ele é hoje.

Respeito enormemente os negros. Mas abomino esse sindicalismo imbecil