quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quem gosta de tabaco é o que? Tabacudo, né?


Uma das coisas que mais me causa irritação (e não falo da física, e sim da psíquica) são pessoas fumantes. Nunca entendi por que demônios alguém gosta de engolir fumaça. E nem me interessaria pelo tema nem me preocuparia com ele se não fosse o fato de algumas delas abundarem fumaça e escassearem bom senso.

A maioria dos locais fechados é protegido por uma lei que proíbe o fumo nesses recintos. E não fui eu quem inventei isso, não. Foi Fernando Henrique Cardoso, no uso das atribuições conferidas a ele duas vezes no primeiro turno (#chupaessaLula)

Trecho da Lei 9.294 de 19996.
Art. 2° É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente

Ainda assim, não é difícil encontrar quem ache o máximo estar ali soltando catinga pelo nariz e pela boca. Vai fumar na casa da puta que pariu, cretino! Não vês que a seu lado há pessoas que talvez não curtam o teu cigarro? Fosse o Brasil um país de gente decente (o que eu, definitivamente, não creio), nem de uma lei tal precisaríamos. Bastaria contar com o bom senso dos fumantes. É uma lei que me parece básica para o convívio social.

Tive uma experiência péssima com isso na noite passada. Em Aracaju, convidado para um tributo a Tim Maia, acedi. Música boa, companhia agradável e todos os outros clichês necessários para uma noite agradável. Na parede da parte interna, um cartaz avisa aos porventura desavisados que ali não se pode fumar. Primeiro uma garota acende o seu cigarro bem a meu lado. Eu, claro, chato como sou, pedi que saísse do ambiente. Depois um garoto, e meu gesto se repetiu. Parecia que meu aferro triunfara.

Apenas parecia. De um instante pra outro, três, quatro, cinco, seis cigarros se acenderam. Aí minha valentia deu lugar à frouxidão e ao descrédito para com a raça humana, em especial a fumante brasileira, nordestina, sergipana e aracajuana. Segui o velho chavão de “os incomodados se mudem”

Como forma de protesto, já que denunciar a nenhum órgão renderia frutos, escrevo. É minha arma, meu refúgio e meu veículo.

Faz-se mister (necessário) reafirmar que não precisamos de leis e burocracia que rejam alguns ritos sociais. O caso do tabaco é um deles. Em locais fechados, e até em alguns abertos, como estádio de futebol, onde se aglomeram pessoas a sua volta, e muitas delas não fumam, é de suma importância abdicar de suas necessidades fumígeras em prol do bem-estar coletivo.

Não entendeu? Eu traduzo: Pega o cigarro e enfia no cu, caralho!

Um comentário:

Marcelo Moss disse...

JUSTO! PELO BEM-ESTAR COLETIVO! INFELIZMENTE NÃO CHEGAMOS A UM PATAMAR ONDE POSSAMOS DISPENSAR LEIS EM FAVOR DO COLETIVO, UMA VEZ QUE O BOM SENSO TEIMA EM FALTAR EM BOA PARCELA DA POPULAÇÃO. LAMENTAVELMENTE, HA PESSOAS QUE PRECISAM DE CABRESTO, SÓ APRENDEM NA MARRA NO CASO, CLARO, EM QUE ACABAM POR PREJUDICAR O PRÓXIMO!