Hoje esperei
cerca de 1h30m por um atendimento. Esse fato fez com que eu voltasse a repetir
algo que pra mim sempre foi um mantra: “a pior coisa da vida é esperar”.
Comecei, uma
vez mais, a divagar, e resolvi, tão simplesmente, mudar de opinião. Esperar não
é nada mau. Claro que na correria do dia-a-dia, ninguém gosta de se meter numa
fila de banco e levar um chá de cadeira de mais de 40minutos. No entanto, os
momentos de espera, ao menos para mim é uma regra, transformam-se em momentos
de reflexão.” Como foi o ontem”, “como
está sendo o hoje”, “o que nos espera no amanhã”, ainda que este amanhã
seja apenas uma forma conotativa de se referir a um futuro mais longínquo.
Nessa espera de hoje, pensei em como a vida (alguns escreveriam aqui “DEUS”) tem sido generosa e o futuro cheio de perspectivas boas. Em seguida, como um bom chato que sou, emendei com um “que vida tem sido boa, que nada...Sou eu que tenho me esforçado em busca do que almejo”.
Nessa espera de hoje, pensei em como a vida (alguns escreveriam aqui “DEUS”) tem sido generosa e o futuro cheio de perspectivas boas. Em seguida, como um bom chato que sou, emendei com um “que vida tem sido boa, que nada...Sou eu que tenho me esforçado em busca do que almejo”.
Esse papo de
jogar a responsabilidade dos acontecimentos, sejam bons ou ruins, para as
contas do pobre Deus, comigo não cola. Penso que somos, via de regra e
resguardadas as devidas exceções, que apenas confirmam a regra, responsáveis
por aquilo que cativamos. Eita! Divaguei de novo. Isso aí é Pequeno Príncipe,
assunto para outra divagação. Dizia eu que somos responsáveis por aquilo que
nos tornamos. Muitas vezes recebemos da vida (ou do tal “Deus”) a indicação de
que o futuro não será lá muito promissor: família desestruturada, amigos
escassos, falta de emprego, desenvolvimento cognitivo baixo (a famosa “burrice”),
etc, etc, etc. Se nos contentamos com o que nos parece traçado para a vida, meu
amigo, estaremos fudidinhos da silva. O negócio é seguir pelejando e não entregar
os pontos...Não dar créditos aos que nos dizem que “a vida é assim” ou então que “Deus
traçou isso pra você”. As pessoas precisam, definitivamente, de um escape,
de um bálsamo. É isso que Deus significa para a maioria da civilização
judaico-cristã. E, por não precisar desse expediente, é que tenho, há uns 10
anos, declarado que sou um agnóstico-ateu. Um alguém que não se preocupa se
Deus existe ou não, se nos permite ou não, se nos ajuda ou não. Pode ser que
sim, pode que não...Apenas me abstenho dessa dialética para a qual os
argumentos me faltam.
Isso se chama
DIVAGAR, amigos. Comecei falando da espera por um atendimento e terminei na
religiosidade. O intuito inicial era dizer apenas que, esperar pode ser bom,
quando isso nos leva a refletir sobre que caminhos estamos traçando para nós
mesmos. Que escolhas temos feito, que oportunidades temos agarrado, que
merecimentos temos buscado...De modo que, “esperar” para ver o que a vida ou
Deus nos têm reservado, não. Coisa de resignado à toa; “esperar” como situação
de reflexão, e até mesmo de cálculo, vá lá...
Bom! Sei lá
por que demônios, para mim, essas reflexões sempre aparecem em momentos de
espera. Sendo assim, sem pressa para ser atendido. Quero muito ter ainda o que
refletir! Outra rodada...